quinta-feira, setembro 14, 2006
a palavra
quando exploro cada recanto das tuas mãos, naquele escurinho cheio de vultos luminosos de uma sala de cinema, e te sinto de gestos leves a embalar os meus.
nessa pele onde o veludo se enciúma por jamais conseguir ser tecido com tanta perfeição, tanta leveza no toque e na presença, pele de nuvem.
na voz serena e calma onde o delicioso sotaque baila desafiador, imutável na seriedade do discurso ou no humor intuitivo, essa luz que persigo nas conversas em que me vicio.
nesse olhar terno e acolhedor onde moram bons fundos, sincero na entrega de uma alma que se expõe sem pudores de se desnudar...reza o conto que numa vista para uma cidade ao pôr-do-sol com um rio defronte, eu não consegui desmagnetizar-me de ti, ignorei o namoro entre lisboa e o tejo.
no sítio por onde saem os sons (penso que os mortais lhe chamam de "boca", torneada por "lábios", dizem eles) reaprendo a desejar; pois eu já não sei o que sabia, decerto, descobri algo onde me apetece perder sempre que sorri, faz trejeitos, beicinhos, molda-se num beijo, silencia-se numa estática ode à perfeição.
em cada linha, cada eco da tua personalidade, cada dia em que te conheço mais um pouco...uma palavra me trespassa e saudavelmente me perturba:
Suave.
nessa pele onde o veludo se enciúma por jamais conseguir ser tecido com tanta perfeição, tanta leveza no toque e na presença, pele de nuvem.
na voz serena e calma onde o delicioso sotaque baila desafiador, imutável na seriedade do discurso ou no humor intuitivo, essa luz que persigo nas conversas em que me vicio.
nesse olhar terno e acolhedor onde moram bons fundos, sincero na entrega de uma alma que se expõe sem pudores de se desnudar...reza o conto que numa vista para uma cidade ao pôr-do-sol com um rio defronte, eu não consegui desmagnetizar-me de ti, ignorei o namoro entre lisboa e o tejo.
no sítio por onde saem os sons (penso que os mortais lhe chamam de "boca", torneada por "lábios", dizem eles) reaprendo a desejar; pois eu já não sei o que sabia, decerto, descobri algo onde me apetece perder sempre que sorri, faz trejeitos, beicinhos, molda-se num beijo, silencia-se numa estática ode à perfeição.
em cada linha, cada eco da tua personalidade, cada dia em que te conheço mais um pouco...uma palavra me trespassa e saudavelmente me perturba:
Suave.
posted by P.A., 2:46 da manhã
1 Comments:
que bonito. o mais bonito. e que suave...
commented by colher de chá, 5:53 da tarde