quarta-feira, março 07, 2007

o GRANDE etc.

Foi por isto que quis fugir. Esta foi a busca.
Muito embora conheça as desditas desta quimera, chego novo e (in)diferente.
Construo a gruta onde me alojarei nos próximos meses, verei o mundo por uma janela de musgo côr de esperança, côr de um regresso. Carrego-vos a todos e só fico.
Levo tudo o que não me fará falta para que não me esqueça do principio, a saudade será "chaga para lembrar que há um fim".
Estou cansado de dar corda a horas mortas, deixo os silogismos das razões que fiz pedra e acabo.
Acabo com frases em código.




foto : Nuno
posted by P.A., 1:11 da manhã | link | 6 comments |

10 passos em silêncio.

aos primeiros três parecia apenas uma interjeição mais prolongada, uma falha do equipamento (Oh Deus!Porque não terei aderido à moda do escaravelho no ouvido?), o ruido da rua dos carros das vozes na paragem...dos próprios passos no caminho empedrado.
aos sete o silêncio ganha nome e importância, ele existe e está lá para não ser ignorado.
ao décimo passo em que a voz não sai, e a outra não se ouve, a ultima frase cobra o seu estigma.
a palavra que sairá escorreita morre sem sentido.
já não há desculpas nem apelo a um bom senso social para que a conversa não caia num desconforto incontornável.

mas a ferida abriu-se naquele compasso ritmado de um andar decidido a ser incerto.
Como aquele futuro.
posted by P.A., 12:38 da manhã | link | 1 comments |