sábado, agosto 30, 2008
cantar baixo por favor...Fado de Camané.
É uma escada em caracol
Que não tem corrimão
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão
Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração
Sobe-se numa corrida
Correm-se perigos em vão
Adivinhaste é a vida
A escada sem corrimão.
Que não tem corrimão
Vai a caminho do Sol
Mas nunca passa do chão
Quem tem medo não a sobe
Quem tem sonhos também não
Há quem chegue a deitar fora
O lastro do coração
Sobe-se numa corrida
Correm-se perigos em vão
Adivinhaste é a vida
A escada sem corrimão.
"-Voltaste?
- Sim...Desculpa. Tenho tanta coisa para te contar.
- Não te acolho feliz. Desapareceste por demasiado tempo.
- Eu sei...estive fora. Não daqui, mas de ti. Triste e desiludido abandonei-te, maldizente reneguei o teu conforto (cansei-me de te partilhar com todos os outros), antes não era assim, sofrer para te ter era um orgulho pois nunca foste uma moda passageira.
Estás rodeado de gente sem eixo. Queria ver-te só. Nesta que ainda não é manhã procuro um renascer...hoje estás de um frio escuro assustador.
- Já não me conhecias assim?
- Não. Mas estou cá. Prova-me porquê...
- Muito bem...Cresce e volta à criança que há dentro de ti, aquela que me descobriu há tantos
anos...Benvindo sejas menino Azul."
E naquele raiar de dia sem vento, as ondas de face vítrea mostraram-me a paixão de um amor antigo. Velho (ainda não crescido), esforcei-me por estar à altura de mais um regresso.
Feliz por surfar de novo.
- Sim...Desculpa. Tenho tanta coisa para te contar.
- Não te acolho feliz. Desapareceste por demasiado tempo.
- Eu sei...estive fora. Não daqui, mas de ti. Triste e desiludido abandonei-te, maldizente reneguei o teu conforto (cansei-me de te partilhar com todos os outros), antes não era assim, sofrer para te ter era um orgulho pois nunca foste uma moda passageira.
Estás rodeado de gente sem eixo. Queria ver-te só. Nesta que ainda não é manhã procuro um renascer...hoje estás de um frio escuro assustador.
- Já não me conhecias assim?
- Não. Mas estou cá. Prova-me porquê...
- Muito bem...Cresce e volta à criança que há dentro de ti, aquela que me descobriu há tantos
anos...Benvindo sejas menino Azul."
E naquele raiar de dia sem vento, as ondas de face vítrea mostraram-me a paixão de um amor antigo. Velho (ainda não crescido), esforcei-me por estar à altura de mais um regresso.
Feliz por surfar de novo.
vindo de funcho.
Na luz que cai, na bonomia das gaivotas que cruzam a falésia, no mar irrequieto que agora fica mais claro que o céu.
Só mais um dia.
Cheio de mim.
Numa paz com que já não sonho encontro-me só.
Só mais um dia.
Penso em (des)encontros, nas vielas agridoces que nos testam a Alma.
Aqui, nestes instantes em que a noite nasce, admiro a forma honrosa da morte de mais um sol. Paro e respeito o Tempo de todas as coisas, de todos os ciclos, da harmonia e do caos.
Pudesse eu erguer-me de mim neste momento e encontrava-me perdido...ao longe, naquela varanda sobre o mar, sozinho no Atlântico como uma ilha pejada de verde.