domingo, maio 21, 2006
parir o Monstro
a previsibilidade dos passos
naquela caminhada que eu não queria ver
era a das letras demasiado coloridas nas paredes da cidade
era a dos textos apagados com a leveza da vulgaridade
era a da frase feita que saiu a medo no meio de "surpresas para te contar"
a previsibilidade dos passos
naquela caminhada que eu não queria ver
alojou-se em desconfortáveis confrontos com gente importante
aninhou-se em silêncios multiplicados por mil
acolheu a nostalgia de uma reinvenção que nunca chegou a acontecer
a previsibilidade dos passos
naquela caminhada que eu não queria ver
foi denunciada num olhar, numa conversa, nos trejeitos de quem seduz
foi questionada por passados como quem não quer ter futuros
foi camuflada por juras e valores a que se agarram as incertezas
a previsibilidade dos passos
naquela caminhada que eu não queria ver
dissimilou-se numa doença, ficou turva por inépcia
transformou-se numa segunda porta para o túnel dos segredos
fundiu-se numa conjectura de mentiras, no limiar onde um homem o é
na previsibilidade desses passos
da caminhada que agora vejo
sorrio porque previ o meu PArvo destino
a indelével marca do que sou e como amo
e que a morte das promessas é sinal que se quer viver
E agora que já saiu...pouco há a fazer.
naquela caminhada que eu não queria ver
era a das letras demasiado coloridas nas paredes da cidade
era a dos textos apagados com a leveza da vulgaridade
era a da frase feita que saiu a medo no meio de "surpresas para te contar"
a previsibilidade dos passos
naquela caminhada que eu não queria ver
alojou-se em desconfortáveis confrontos com gente importante
aninhou-se em silêncios multiplicados por mil
acolheu a nostalgia de uma reinvenção que nunca chegou a acontecer
a previsibilidade dos passos
naquela caminhada que eu não queria ver
foi denunciada num olhar, numa conversa, nos trejeitos de quem seduz
foi questionada por passados como quem não quer ter futuros
foi camuflada por juras e valores a que se agarram as incertezas
a previsibilidade dos passos
naquela caminhada que eu não queria ver
dissimilou-se numa doença, ficou turva por inépcia
transformou-se numa segunda porta para o túnel dos segredos
fundiu-se numa conjectura de mentiras, no limiar onde um homem o é
na previsibilidade desses passos
da caminhada que agora vejo
sorrio porque previ o meu PArvo destino
a indelével marca do que sou e como amo
e que a morte das promessas é sinal que se quer viver
E agora que já saiu...pouco há a fazer.
posted by P.A., 11:15 da tarde
1 Comments:
muito muito muito bom. a todos os níveis. cada vez mais assídua neste espaço.
commented by colher de chá, 10:27 da tarde