terça-feira, abril 11, 2006

Frio

Naquela humidade incómoda que brilhava na noite
No soalho de madeira que de côr quente enganava
No metal do corrimão
Na água que feria os dedos

Na respiração
Nas vozes trémulas
Nos lençois apertados em que nos encolhíamos como fetos
Na luz branca que matava os ultimos olhares do dia

Nesse frio acordado esqueci-me de existir
Sufoquei e tossi esperanças
Fumei mais um cigarro dentro de um corpo que pedia paz
E eu só lhei dei frio...



Breve nostalgia da alma gelada
Com estórias de ninar e anões e dragões e castelos nas nuvens
Naqueles silêncios antes do estremecer do teu corpo
Quente era a imagem de te ver dormir
posted by P.A., 3:07 da manhã

1 Comments:

muito, muito bonito.
serei leitora assídua.
obrigada pela partilha.
commented by Blogger colher de chá, 8:38 da tarde  

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