domingo, abril 16, 2006

Em tempo de sol fotografo a nuvem

Quero a surpresa de novo. A vontade de respirar ar puro e de conseguir atingir toda a gama de cheiros que o vento me traz. Tavez se trate de uma metamorfose eremita que se apodera de mim, a necrose dos diálogos infrutíferos já causou demasiados e (espero que não) irreparáveis danos. Não procuro mudar, não procuro um aumento axial de existência, procuro sim um monólogo. Um solilóquio, se preferirem (palavra bonita, obrigado Khamaileon). Desde sempre viciado na partilha, dou por mim desencontrado numa marginalidade desiludida com as vozes que me rodeiam. Não há culpas, recrimino única e simplesmente a minha irascível intolerância às imposições. Agora quero o bocejo indesejável, a expressão de espanto, o sorriso sarcástico, a piada que surge e é engolida num silêncio educado.
Não é distância, é insolaridade.
posted by P.A., 10:52 da tarde

2 Comments:

Preservo a insularidade. Apesar da distância inegavelmente negável que apodera e cria fracturas pela própria dúvida do destino, encontramo-nos no desencontro. Tornamo-nos míticos e ficamos presos nessas formas com mensagens que irão ser sempre participáveis em nós... Beijinhos
commented by Blogger Khamaileon, 2:23 da manhã  
Preservo a insularidade. Apesar da distância inegavelmente negável que apodera e cria fracturas pela própria dúvida do destino, encontramo-nos no desencontro. Tornamo-nos míticos e ficamos presos nessas formas com mensagens que irão ser sempre participáveis em nós... Beijinhos
commented by Blogger Khamaileon, 2:24 da manhã  

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